top of page
THE RECIPROCITY OF TOUCH / RECIPROCIDADE DO TOQUE 
DUO EXHIBITION //   YOHANNAH DE OLIVEIRA AND VIVI ROSA 
CASA ONDINA  -  SÃO PAULO  -  BR
CURATED BY NÚRIA VIEIRA
OCTOBER 15TH TO NOVEMBER 20TH 

THE RECIPROCITY OF TOUCH      //      A RECIPROCIDADE DO TOQUE 

Curadoria por Núria Vieira 

A reciprocidade do toque é a narrativa apresentada pelas artistas Vivi Rosa e Yohannah de Oliveira que sugere o toque como elemento fundamental à criação. Evoca-se a forma redonda. O ciclo. O círculo. Esse é o elemento que figura o arquétipo feminino, que em uma cosmovisão, se apresenta em repetidas vistas durante a exibição. Os círculos vão pairando, em composições distintas, convidando à contemplação de uma pesquisa gestual.

A exposição concentra experiências visíveis e sensoriais no ambiente da casa, de forma a ativar o mais íntimo dos sentidos. E isso se dá, devido a um ponto de partida em comum em trabalhar com o gesto.
 

Na atual exposição, são exibidas esculturas que por ora se agrupam em determinadas regiões, como em um jardim de esculturas, como as obras "Brasiliana" e "Gota" que convivem uma com as outra em harmonia, e por ora as peças são vistas desagrupadas em diálogo com as pinturas-esculturas, que se assemelham a portais, passagens e veículos para o etéreo. Por um adensamento de massa branca e molhada, esse corpo escultórico é sustentado por uma concentração de matéria que se sobrepõe em camadas grossas e que endurecem, e se eternizam em curvas moldadas e esculturais. Ou também pelo escuro, o "Vulcano" que surge como um contraponto visual na primeira sala da exposição.

   Em outros momentos, as topografias da superfície da terra e a superfície da pele se casam em telas que são exibidas nas paredes Os trabalhos ganham nomes de partes do corpo, como "Fêmur" de Yohannah, que parece friccionar a matéria a fim de visualizar o que existe por debaixo da camada dura e seca de um osso, ou de uma montanha. Enquanto as obras "Falo" e "Perninhas" de Vivi, se apoiam na parede que também ganha uma corporeidade surrealista e fantasiosa.

   A mostra também conta com a exibição de um vídeo que revela camadas, muito similares à topografias que se esfarelam e se desfazem. A sua matéria rareia e se espalha de acordo com a manipulação, e justamente quem protagoniza a cena são as mãos que tocam e constroem essa paisagem rudimentar. A densidade branca, das camadas de gesso e de massa revela a dedicação incansável das artistas que pelo estudo de efeitos e mesclagens aplacam suas composições e fazem o espectador se perceber ativando a obra. É do toque ao pó, em movimentos contínuos e descontínuos que atuam metaforicamente as memórias do toque. É que afinal, estamos aqui, condicionados pela nossa eterna condição humana: o tempo, diante da visão da infinita beleza.

Curated by Núria Vieira 
 

The reciprocity of touch is the narrative presented by artists Vivi Rosa and Yohannah de Oliveira, suggesting touch as a fundamental element in creation. The round form is evoked—the cycle, the circle. This element embodies the feminine archetype, repeatedly appearing throughout the exhibition. Circles float in various compositions, inviting contemplation of a gestural exploration.
 

The exhibition concentrates visible and sensory experiences within the home environment, aiming to activate the most intimate senses. This occurs through a shared approach to working with gesture.
 

In the current exhibition, sculptures are displayed, sometimes clustered in specific areas like a sculpture garden—such as Brasiliana and Gota, which coexist harmoniously—and at other times scattered, engaging in dialogue with painting-sculptures that resemble portals, passages, and conduits to the ethereal. Through dense, wet white masses, these sculptural forms are sustained by concentrated layers of material that harden and immortalize into sculpted curves. Alternatively, dark tones, as seen in Vulcano, create a striking visual counterpoint in the exhibition's first room.
 

At other points, the topographies of earth’s surface and skin converge in canvases displayed on the walls. These works are named after body parts, such as Femur by Yohannah, which seems to friction the material to reveal what lies beneath the hard, dry layer of a bone or mountain. Falo and Perninhas by Vivi lean against the wall, lending it a surreal, fantastical corporeality.
 

The exhibition also includes a video revealing layers akin to topographies that crumble and disperse. This matter becomes sparse and spreads through manipulation, with hands at the center of the scene, touching and constructing this rudimentary landscape. The dense white of plaster and mass layers reveals the artists' tireless dedication, as their exploration of blending and layering encourages the viewer to activate the work.
From touch to dust, in continuous and discontinuous movements, the memories of touch unfold metaphorically. Ultimately, we are here, shaped by our eternal human condition: time, in the face of infinite beauty.

© 2025  by Yohannah de Oliveira.

  • Instagram
bottom of page